PME pedem apoios para normalização de produtos
As empresas consideram que a implementação de normas de qualidade devia contar com apoios financeiros públicos, já que o investimento a suportar é elevado.
“O custo da norma é um falso problema para as empresas, já que o seu valor é muito pequeno em comparação com o que é necessário para a implementar”. A afirmação é de Jorge Marques dos Santos, presidente do Instituto Português da Qualidade – IPQ, numa conferência sobre Normalização e Marcação CE, realizada ontem na Alfândega do Porto, no âmbito da Semana Europeia das PME.
Marques dos Santos procurava assim responder ao repto lançado pela intervenção de Laurentina Pedroso, da Associação Portuguesa de Industriais de Carne, e de outros intervenientes presentes na sala, que alertam para o custo exagerada para as PME das normas necessárias à certificação de qualidade dos produtos, pedindo mesmo que em alguns casos eles fossem gratuitas.
O responsável máximo pelo IPQ justifica essa impossibilidade com o facto de cerca de 99% das normas aplicadas nas empresas serem europeias e como tal com custos idênticos para todos os países. Apenas uma pequena parte da normas em vigor no mercado interno são de produção nacional.Por isso, defendem os empresários que a normalização e a certificação acarreta para as PME, empresas que segundo a classificação europeia tem em média 10 pessoas, deveria ser objecto de apoios financeiros públicos.
